quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Grupo 2 - Capítulo 1 "Burgueses e Proletários"

Galera, mais uma vez optei por postar 2 resumos. Mas desta vez por um completar o outro. No entanto, a nota máxima vai para apenas 1 deles, por ter sido mais original, ok?!

Parabéns aos alunos Paulo, Pedro, Deivid e Thiago do 3E pelo melhor resumo dos grupos 2. Parabéns também às/aos alunxs Zahira, Lunilton, Marco, Kevin, Thalyne e Mikaele pelo segundo melhor resumo. \o/

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Resumo 3E

BURGUESES E PROLETÁRIOS

• Burguesia: Nova classe social surgida na Idade Média, que, diferente do sistema de produção da época, baseava sua renda, seu modo de vida no comércio. O nome origina da palavra burgo; pequenos povoados onde viviam esses comerciantes.

• Proletariado: Com o fim do sistema feudal, o acúmulo de bens e capitais por parte dos burgueses; cria-se uma nova forma de trabalho, de produção: o trabalho assalariado. Tem origem em Roma (do latim proletariu), onde indica cidadão mais pobre da sociedade útil apenas pelos filhos que gerava.

Observa-se, que ao longo de toda a história das civilizações, houve inúmeras vezes uma tendência humana em dividir a sociedade de acordo com critérios de riqueza, força física, etc.
Enquanto uma forma de produção e relação social se tornava antiga, criava-se outra com a mesma idéia principal de uma classe dominar a outra.
Assim, sem diferenciar-se, surge a burguesia no fim da Idade Média e mantém o mesmo propósito, mas divide a sociedade basicamente em burgueses e proletários, em dois pólos extremamente distintos, onde o modo de vida de um não se assemelha em nada ao do outro. Tira-se como exemplo o modo de vida dos animais do celeiro na fazenda - baseado só em trabalho, baixas condições de habitação, exploração por parte de seu superior - e o modo de vida do grande burguês dono da fazenda.
A principal característica do sistema burguês que o diferencia das outras formas de produção é a renovação. Constantemente idéias propostas são renovadas, tecnologias e conhecimentos já não são válidos. Esse sistema tem a capacidade de destruir crenças e transformar toda forma de relação social em mera relação monetária. Um exemplo disso, é a relação do “caseiro” da fazenda com sua esposa, que uma das principais falas entre eles é algo do tipo: “você tem que pegar mais dinheiro com o senhor Pilkinton! (dono da fazenda)”.
Uma característica secundária da burguesia, mas tão importante quanto a primeira, é a imposição. Tendo como necessidade básica a expansão, a exploração de recursos muitas vezes não renováveis, novos mercados; o sistema se vê obrigado a instalar-se fora de suas fronteirais nacionais e culturais impondo assim, seus objetivos de lucro que muitas vezes não são favoráveis as nações que o recebem. Por ter estratégias desleais (queda dos preços, mão de obra extremamente mal remunerada), esse sistema consegue penetrar as barreiras sociais externas a ele e reorganizá-las de acordo com suas vontades, criando-se então multinacionais, empresas de mega porte, e destruindo toda forma de individualidade comercial e intelectual de seus oprimidos.
A conseqüência dessa imposição burguesa, é a grande junção de pequenos comerciantes, artesãos, artistas, entre outros a grande massa proletária. A arte não é mais espontânea, é comercial. E no fim, todos se vêem obrigados a vender suas habilidades por pequenos preços. A imensa maioria da população apenas possui sua mão de obra, nada mais, para manter-se no sistema, com isso a burguesia se apropria de uma liberdade imensa, tornando o operário um simples objeto que recebe só o necessário para sobreviver. Como exemplo, vemos o constrangimento do “caseiro” da fazenda ao pedir mais dinheiro a seu patrão pois o que ele lhe fornece não é suficiente.
Talvez, a única forma de transformações dessas condições seja uma mudança em toda forma de produção burguesa, acabando com o acúmulo de capital nas mãos de poucos. Uma mudança geral que abale as estruturas sociais, que por mexer com a individualidade seja necessário a luta armada, pois o despojamento desse sistema por parte dos burgueses é quase impossível.
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Resumo do 3A

Burgueses e Proletários

Para Marx e e Engels a história das sociedades é a luta de classes.
As classes sempre foram antagônicas, dividas em oprimidos e opressores. Esse antagonismo sempre esteve presente, às vezes em evidência, às vezes disfarçado, mas sempre fazendo com que a sociedade sofresse mudanças ou o declínio comum de ambas.
Antes, as classes eram numerosas e gradativas, mas com o fim do feudalismo, elas assumiram uma nova forma, mais simplificada, com novos meios de opressão e novas formas de luta. Com isso, a sociedade vai se dividindo em dois grandes grupos: burguesia e proletariado.
Acontecimentos históricos, como o descobrimento da América, foram catalisadores para o fim da sociedade feudal, dando impulso a burguesia que estava nascendo, assim como o espiríto revolucionário da sociedade, que estava em decomposição.
O modo de produção que havia até então, não atendia mais as necessidades desse novo mercado, fazendo com que a divisão do trabalho que existia fosse extinta e substituída pela divisão feita dentro de cada oficina. Contudo, esse modo de produção manufatureiro começou a ser, também, insuficiente, sendo substituído pelas máquinas industriais, levando os donos das oficinas a perder seus lugares para os grandes burgueses modernos.
Com essas mudanças, o mercado mundial foi criado, no terreno que já tinha sido preparado pela descoberta da América, ampliando áreas como o comércio, a navegação, e as comunicações por terra. E na mesma proporção a burguesia crescia, sendo resultado de um longo processo, de uma série de revoluções.
Em cada etapa, onde a burguesia passou, há um processo político correspondente, sempre chegando mais perto de dominar a sociedade. Até que finalmente foi alcançado o domínio político existente no Estado moderno, no qual os governantes governam para os interesses da classe burguesa.
Para Marx e Engels, onde a burguesia alcançou o poder, ela destruiu a relação que os homens tinham entre si, mantendo apenas uma relação de interesse, pois ao trocar as mercadorias por dinheiro, o sentimentalismo que havia ali naquela mercadoria, não existe, destruindo a dignidade pessoal do trabalhador, o que eles chamam de "liberdade de comércio sem escrúpulos".
A burguesia para existir, precisa revolucionar os instrumentos de produção (ferramentas para a produção), com isso transforma também as relações de produção (relação burguês-proletário) e consequentemente o conjunto das relações sociais. A Revolução Industrial acabou com todos os modos de produção existentes, assim como a forma de ver o mundo, pois os indivíduos passaram a encarar sem ilusões aquilo que eram.
A necessidade de ampliar seus negócios faz com que a burguesia crie indústrias e vínculos por toda parte. As empresas nacionais antigas perdem seu espaço para as novas grandes empresas, que fabricam produtos de grande necessidade para o mundo inteiro, criando um grande intercâmbio de mercadorias e uma interdependência entre os países. Além disso, convence nações inteiras a adotarem os “seus métodos”, ameaçando-as de extinção caso não se curvem a essa vontade, o que segundo Marx, “cria um mundo a sua imagem e semelhança”.

Os burgueses fazem com que se criem relações de exploração entre as sociedades e cidades. Procurando sempre dominar e centralizar os meios de produção, propriedades e população. Criando assim todo um sistema onde todos obedecem a uma só lei, uma só ordem e assim por diante, quebraram regras e costumes que existiam até então, criando uma livre concorrência, com domínio da classe burguesa, politicamente e economicamente.

Com as crises econômicas os burgueses se vêm com o que antes parecia impossível, uma superprodução de mercadorias, pessoas, indústrias... E para ultrapassar esse obstáculo, a burguesia desarranja toda a sociedade, causando desordem, afim de que se reconstruam tudo de novo, da mesma forma que ela abateu o feudalismo. Contudo, essas mesmas armas que serviram para acabar com o feudalismo serão as mesmas armas que destruirão a burguesia, e no Manifesto, afirma-se que não foram só as armas que os burgueses criaram. Eles criaram também os homens que “empunharão essas armas”, os proletários.

Com o desenvolvimento da burguesia, se desenvolve também o capital e o proletariado, que segundo Marx e Engels, são a classe dos operários modernos, que só vivem se possuírem trabalho e só possuem trabalho se aumentarem o capital. Se vendem “peça por peça” e acabam sendo mercadorias como o que produzem.

Com divisão social do trabalho, os proletários são apenas mais uma peça do maquinário moderno, porém, seu salário também diminui, sendo apenas aquilo que será suficiente para sobreviver e criar seus filhos. Ao repetir tudo aquilo que foi mais simples de aprender, o operário perde o atrativo de trabalhar e acaba caindo no tédio, o que faz com que seu salário diminua mais. À medida que se aumenta o número de máquinas, se aumenta também o número da massa de trabalhadores, pois se divide ainda mais a produção. Com esse aumento do número de pessoas que a indústria proporcionou, a fábrica se torna algo parecido com o exército, onde todos são vigiados e tem de cumprir a sua função.

O proletariado é explorado pelos burgueses, e à medida que se aumentam as fábricas, homens são trocados por mulheres e crianças, pois o salário para estes é menor. E depois de serem explorados pelos burgueses, quando recebem o salário, são explorados pelos outros burgueses “menores”, os que fornecem itens básicos como moradia e alimento.

Depois do feudalismo, pessoas como os camponeses e artesões são descartadas, pois não tem espaço nessa nova indústria, onde seu trabalho é desvalorizado e não possuem capital para concorrer com as grandes indústrias. O proletariado então recruta indivíduos em todas as classes anteriores. Passando por diferentes fases de desenvolvimento, sua luta começa com a sua criação.

Primeiro lutam os operários individualmente, depois os operários de uma mesma fábrica, depois de uma mesma indústria... Seus ataques não são só contra os burgueses, mas até contra os próprios instrumentos de produção

Nessa fase, os proletários só estão unidos por causa da burguesia, o que faz com que eles lutem contra os inimigos de seus inimigos, sendo que qualquer vitória alcançada, será uma vitória da burguesia.

Com o desenvolvimento das indústrias, a massa do proletariado aumenta em número, e com isso os operários sentem que sua força aumenta também. Com a concorrência entre os burgueses, os salários se tornam cada vez mais instáveis e com isso o proletariado se une para defender o seu salário, chegando até a formar organizações permanentes para caso ocorra diminuição nos salários.

De vez em quando os proletários vencem uma batalha, mas não a guerra. O verdadeiro resultado é a união de todos os operários, através dos meios de comunicação, fazendo com que o que demoraria muitos anos para acontecer, se finde em poucos anos.

Como a burguesia vive em conflito com ela mesma, geralmente recorre ao proletariado para ganhar suas disputas, dando mais armas para este, além de com essas disputas, fazer com membros “da pequena burguesia” sejam jogados no proletariado, enriquecendo-o com mais armas ainda.

Depois que a luta entre as duas classes se aproxima da hora decisiva, alguns integrantes da burguesia a deixam de lado, e se juntam a proletariado por ver que este será o futuro. Assim como as chamadas camadas médias, deixam sua postura conservadora de reacionários.

Tem-se então que os proletários e as camadas médias passam a agir de forma bem diferente da burguesia, entre os seus, como o tratamento com a família. Vêm que a religião, as leis e a moral, são na verdade, feitas por burgueses para burgueses.

Segundo Marx e Engels, todas as classes que “assumem o poder” tomam para si as coisas já existentes. Mas os proletários devem destruir toda a segurança privada e toda a segurança que existia até ali.

Todos os outros movimentos que antecederam aos proletários lutavam por suas minorias, enquanto o segundo luta com a maioria para a maioria. Por sua forma, os operários têm uma luta nacional pela frente, ele deve derrubar primeiro a burguesia de seu próprio país.

Em sua fase “final”, os proletários mantêm uma guerra civil, até que ela explode em uma grande revolução, na qual de derruba a burguesia pela violência.

Toda sociedade que existiu até agora, para Marx, apesar de dominar alguma classe, a classe dominante dava a dominada, condições básicas de sobrevivência, fazendo com que vivessem com dignidade. A burguesia explora e deixa os operários sem a capacidade de manter a sua própria existência, caindo em uma situação, segundo ele, na qual “que deve alimentá-la ao invés de ser por ela alimentada”, não podendo de forma alguma dominar a sociedade.

A burguesia com os seus atos, produz o seus próprios coveiros, pois a vitória do proletariado é inevitável, pois esta não sabe dominar.

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